
A voz, sendo um dos principais instrumentos de trabalho dos professores, requer cuidados especiais para minimizar alterações decorrentes da alta demanda vocal que a profissão exige. Pensando nisso, o grupo de pesquisa Trabalho e Saúde Docente (TRASSADO), da Universidade Federal da Bahia, em parceria com a Universidade de Feira de Santana (UEFS) e a Secretaria da Educação do Estado (SEC), por meio do Programa de Atenção à Saúde e Valorização do Professor, elaborou uma cartilha com estratégias protetoras da voz do educador para reduzir os impactos que problemas vocais geram na saúde e na qualidade de vida e do trabalho desses profissionais. Os organizadores da cartilha chamam a atenção para o fato de o professor ser o profissional que mais sofre com alterações vocais, como a rouquidão.
Os fonoaudiólogos do Programa de Atenção à Saúde e Valorização do Professor da SEC e o grupo de pesquisa em Fonoaudiologia da UFBA aplicaram um questionário nas escolas da rede estadual e, a partir do resultado, foi montada a cartilha. Durante as oficinas de Fonoaudiologia nas unidades escolares da rede, detalha a coordenadora do programa, Elisabete Dias, os profissionais perceberam a importância e a necessidade de os docentes realizarem técnicas diárias de cuidados em prol da sua saúde vocal. A cartilha, portanto, traz técnicas práticas voltadas para o dia a dia do trabalho do docente, que amenizam os impactos na saúde vocal.